"Ups... Que azar!"

 

Uma das coisas que mais me impressionou nesta coisa tresloucada em que me meti foi o comportamento da pessoas no Facebook. É certo e sabido que as redes sociais são saudavelmente anárquicas e incontroláveis, pelo que pensar que se pode criar um evento desta natureza no Facebook, e esperar que o mesmo não caia nos dois minutos seguintes nos murais é mínimo utópico. Mas essa sempre foi uma das condições fulcrais para o sucesso ou insucesso de tudo isto. Se o mesmo porventura fosse partilhado nos murais, a Natalina - para quem tudo isto foi construído ao longo dos últimos 30 dias - descobriria, o que seria algo muito triste depois de todo este trabalho. Por isso pedi a todos vocês para não partilharem este evento de forma alguma este evento fora do âmbito do mesmo. O que me impressionou foi o respeito que todos aqueles que foram convidados (cerca de 9500) demonstraram, ao cumprirem na íntegra este desejo. E isso, deixem que vos diga, é impressionante! Um muito obrigado, desde já, a todos vocês e à sensibilidade que demonstraram.

Só que este evento resulta de uma parceria com as Bibliotecas Municipais de Lisboa... Sem esta simbiose a minha ideia não passaria disso mesmo, uma ideia. Com o apoio logístico e promocional incansável de um grupo de pessoas que se apaixonou desde o primeiro momento por esta loucura, este evento ganhou asas. Mas houve um preço a pagar... Um preço controlado, previsto e devidamente acautelado: este evento entrou indubitavelmente nos canais promocionais / institucionais da Câmara Municipal de Lisboa, e daí para os outros media foi um passinho. Foram tomadas algumas medidas para minimizar o risco de a Natalina se cruzar por uma referência a este evento, mas ainda assim o risco foi grande, e pior de tudo, é cada vez maior. Seria como ter atravessado o oceano a nado para morrer afogado a 7 metros da praia.

Mas há males que vêm por bem, e é nestas situações que o Universo revela toda a sua sabedoria. Imaginem só que "por acidente", tropecei num cabo branco que atravessa o nosso atelier. Não sei para que raio serve aquilo, mas desde esse momento, deixei de ter acesso à net cá em casa. Uma imensa chatice, e eu que nem sei muito bem onde devo ligá-lo outra vez. Telefonei para a ZON, e eles disseram-me que de momento, não conseguem mandar cá ninguém. Chiça... Que azar!!!!

Perdoa-me Natalina... Mas na guerra e no amor vale tudo menos arrancar olhos. E isto não é uma guerra!

 

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